- Área: 420 m²
- Ano: 2017
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Fotografias:Mike Schwartz
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Fabricantes: Andersen Windows & Doors, Ann Sacks, Diresco, Duravit, Wood Harmony
Descrição enviada pela equipe de projeto. Sermos incumbidos de converter essa residência compartilhada de dois pavimentos, com mais de 100 anos, em uma casa unifamiliar nos deu a oportunidade de responder a uma pergunta: como preservar e integrar as qualidades imateriais da construção antiga conferindo à ela uma nova vida? A partir desse questionamento, nossa abordagem consistiu em observar o "peso" existente do material e do espaço, considerando a sobreposição e o excesso ornamental, explorando qualidades de permeabilidade ao lado da compartimentalização, sobrepondo técnicas novas e antigas.
Além disso, nosso interesse em "transparência fenomenal" como estratégia de organização do espaço foi testado aqui em corte e planta. Elementos de madeira recém-introduzidos foram programados como escadas, paredes e estantes; esses elementos cortaram o espaço física e visualmente. As antigas portas, ferragens e seus acessórios foram perfeitamente integrados com a nova linguagem arquitetônica, mantendo a composição coesa, mesclando passado e presente como um pensamento articulado.
O resultado é uma casa leve, conectada e totalmente funcional para uma família em crescimento. O projeto introduz, assim, um novo significado espacial em uma edificação do início do século XX, mesclando qualidades do passado com uma lógica de desenho e estilo de vida para os dias de hoje. O exterior desta residência é pensado como um arranjo de áreas ajardinadas contínuas oferecendo beleza sazonal para o proprietário, vizinhos e um transeunte ocasional. Os pátios frontal, lateral e posterior são todos costurados juntos usando uma paleta de material composta por cascalho, grandes pavers e plantas nativas.
Variando em cor e aromas ao longo das estações, uma paisagem urbana que é selvagem, mas bonita, é visível a partir das janelas da casa e dos edifícios circundantes. O elemento principal deste projeto paisagístico é o quintal, onde o novo deck o transforma em um local de encontro, refúgio e diversão. Composto por plataformas escalonadas de madeira, o piso principal da casa estende-se e desce gradualmente. Cada patamar é ampliado e rotacionado, deixando a imaginação livre para suas inúmeras funções.
A empena é integrada à composição geral de tal forma que não é percebida como uma parede para o vizinho ao norte, mas como uma nova fachada compartilhada. Tratar a sobreposição e a densidade de elementos de madeira em ambos os lados permite que a luz e a sombra sejam apreciadas mutuamente. Com o tempo, a hera “Virginia Creeper” assumirá a empena, transformando o deck em um gazebo, adicionando sombra e privacidade extra, além de um esplendor adicional no quintal para todos admirarem.